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Dia do Capoeirista


Uma das manifestações mais fortes da cultura popular é lembrada nesta quinta-feira, dia 3 de agosto, quando se comemora o Dia do Capoeirista. Embora a data ainda não seja nacionalizada, há projetos de lei no Congresso Nacional propondo este reconhecimento. Alguns municípios instituíram a data, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre.

A capoeira tem suas origens no século 17, quando ocorreram os primeiros movimentos de fuga e rebeldia dos negros escravizados. No século 19, estão os primeiros dados e registros confiáveis e com descrições detalhadas sobre a prática. Existia até a hipótese de que a capoeira havia surgido na África, porém hoje acredita-se que tenha nascido mesmo no Brasil.

Estudiosos crêem que a origem da palavra capoeira venha do tupi-guarani caá-puêra, que significa “mato que já foi”. Já na linguagem caipira, o termo viria de capuêra, que significa mato que nasceu no lugar de outro derrubado ou queimado. Este tipo de terreno seria a arena das primeiras rodas de capoeira.

Afinal, o que é a capoeira? É uma dança? É uma luta? É jogo? Ou é tudo isso? Sua prática representa a junção de diferentes manifestações como a dança, a música, a dramatização, a brincadeira, o jogo e a espiritualidade. Esta característica torna a expressão complexa, apaixonante, surpreendente e rica.

Além de dança, a capoeira também era utilizada para defesa física. Ela tem uma história acidentada, pontilhada de episódios vexatórios e truculentos. Perseguida desde o começo, ganhou fama de má prática, “coisa de malandros e vadios”. A perseguição e proibição da prática durou até a década de 1930, quando Mestre Bimba e seus discípulos atuaram para que fosse aceita. A partir daí, teve início uma fase efetiva de sistematização do ensino da capoeira e de seu reconhecimento social.

Mais de oito décadas depois, a capoeira venceu preconceitos e conquista adeptos em todas as classes sociais. Por iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), a capoeira foi reconhecida, em julho de 2008, como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Em novembro de 2014, a Roda de Capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

A capoeira ganhou o mundo e passou a ter destaque, importância e reconhecimento na agenda política, social e cultural no Brasil e em mais de 150 países. Assim, os ensinamentos deste patrimônio cultural e imaterial afro-brasileiro podem ser transmitidos de geração a geração.

Fonte: site da Fundação Palmares

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